
Esqueceu que estava de sapatilhas de pano. Sentiu a umidade percorrer os dedos e causar aquela sensação desagradável que todo mundo conhece. Como mais nada sentia, a não ser melancolia, preferiu o incômodo à indiferença.
Ela desceu a rua e foi pelo caminho de sempre. O novo caminho decidido há algum tempo. Mas viu a esquina do Passado e lá resolveu entrar. A menina sentiu o coração pesar mais do que as roupas encharcadas, mas pôde aquecer-se no calor das lembranças. E foi conforto da ilusão que a fez ficar por ali.
A chuva não parou mais. Fez-se noite e ela continuava sentada na calçada. Os cabelos desgrenhados, a maquiagem borrada e tudo acabado.
Não percebia nada em volta. Tinha olhos apenas para o passado. Houve quem tentasse resgatá-la, mas ninguém conseguiu. Ninguém voltou com um guarda-chuva por que não se sabia o paradeiro da menina.
Mas, quando percebeu que os pingos cessariam, ela decidiu levantar sozinha mesmo. Nem lembra por quê. Decidiu olhar para o chão e viu que o reflexo do sol tornava a água colorida. Não era nada demais, apenas cores. Nada que curasse a dor, somente água. Mesmo assim, ela achou que era hora de sair do passado e trocar de roupa. Visitar o passado? Só nos dias de solidão.
5 comentários:
quem sai na chuva é pra se molhar... e a rádio tá massa com mto Beatles... quase nem combina com essa nostalgia... põe a nostalgia na gaveta e solta a Carol, Franga...
a menina não sou eu!!! dãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!
mania que esse povo tem de confundir as coisas. escrevi pensando na minha amiga que é amiga da caixinha de leite.
amiga da caixinha de leite? jesus... meu texto em cima tb é uma ficção, hahahahah
quem lê o newsingle sabe!
só podia... tsc tsc... viagens ao passado são trash... às vezes a gente embarca no trem errado sem saber...
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