9.4.09

Cegueira

Estava bem perto.

Mais perto do que o óculos sobre o criado-mudo. Mas não viu, estava cego. Cego por um amor que não o amava. Cego pelo amor e não por alguém. Por isso, queria mantê-lo perto, custasse o que fosse. Era mais fácil que abrir os olhos e enxergar que havia quem o amasse. Que poemas tinham sido escritos. Que o amor não era um mistério, mas era imperfeito, como qualquer pessoa. Não era feito de mágica e ilusão. Era real. E estava perto.

Esperando que ele abrisse os olhos.

Um comentário:

J disse...

vc me dá medo Carolina... muito medo! rsrsrs