I got a feeling

Queria pegar essa sensação que estou sentindo agora e guardá-la pra sempre. Uma sensação de novidade, de paz, de vontade de ser melhor. Estranho perceber que uma coisa tão tola crie esse sentimento e bom saber que ainda é válido. É como despertar para uma manhã azul e saber que o dia será perfeito.

Planos

São simplesmente importantes. Precisamos de um para seguir em frente. Mesmo que seja o plano de uma viagem durante as férias. Pra que haja algum sentido em todo nosso trabalho. Planos para o dia seguinte, para daqui alguns meses, para daqui a 10 anos. Não importa. Devemos saber pra onde caminhamos. Alguns objetivos a curto, médio e longo prazo. Sonhos. Por mais estapafúrdios que sejam. É sempre bom ter um, que seja de nossa própria vontade.

Digo isso porque descobri da pior forma que planos coletivos podem acabar em frustração. Descobri que não posso criar planos que dependam de outra pessoa. Não que seja errado, mas planos Bs são necessários. Do contrário, um dia você acorda com uma lista de metas fictícias para um futuro que não mais existe e tudo parece desabar.

Por isso, eu digo: faça planos solitários e acompanhados. Planos para um dia ensolarado com os amigos, ou para uma faxina isolada na bagunça das memórias. Uma grande viagem pelo mundo, ou um final de semana estudando para um concurso.

Sonhar é necessário. Importante pra viver. Afinal, por que eu iria todos os dias ralar num escritório fechado sem motivos para as horas ociosas? Eu quero saber pra onde eu vou. Mas também estar aberta às mudanças no caminho, mudar de ideia quando preciso, adaptar, mas seguir. Nunca abandonar minha listinha de coisas a fazer, shows para assistir, de lugares para visitar. Ela sempre vai crescer, e eu sempre vou ter o que riscar.

Bom manter esses laços mais concretos. Pisar um pouco em terreno sólidos. Manter a ligação com a realidade para não esvair em fumaça. No fim, são essas coisas que dizem quem somos. Não o que dizemos em 140 caracteres. Nem através de uma música ou foto postada nessa nuvem. Somos aquilo que o outro pode ver, ouvir e tocar. Somos a memória recontada. E o dia-a-dia vivido e transformado. Somos a ligação, ser conectado sem meios. Só sentimento.

Céu

Ai, esse céu. Que chama meus olhos, me atrai e me puxa. Me escorrega pra perto, me brilha os olhos, me queima no poente, me adormece e me acorda. E me lembra você, sempre acima de todas a verdades, cobrindo cada sílaba, cada verbo. Viu tudo e foi testemunha. Esse mesmo céu, só que diferente. Tão sorridente com a lua. Tão celeste com o horizonte. Me cobre essa noite, com suas estrelas cadentes.