24.11.09

Sua canção



Eu não sou do tipo de pessoa que consegue esconder facilmente

Não tenho muito dinheiro, mas garoto, se eu tivesse

Compraria uma grande casa onde nós dois poderíamos viver

Se eu fosse um escultor, mas poxa, não sou

Ou um homem que faz poções em um circo

Eu sei que não é muito, porém é o melhor que eu posso fazer

Meu presente é minha canção e esta é para você

E você poderá contar para todo o mundo que esta é sua canção

Talvez ela seja bastante simples, mas agora que está terminada

Eu espero que você não se importe (bis)

Que eu tenha colocado em palavras

Como a vida é maravilhosa enquanto você está no mundo

Me sentei no telhado e retirei o musgo

Bem... alguns dos versos me colocaram em uma encruzilhada

Mas o sol estava adorável enquanto eu escrevia esta canção

É para pessoas como você, que a mantém viva

Então perdoe-me se eu esquecer, mas estas coisas eu faço

Perceba que esqueci, se são verdes ou são azuis

De qualquer maneira, bom... o que eu realmente quero dizer

É que seus olhos são os mais doces que já vi.

18.11.09

só um post

Hoje é um dia calmo aqui. Dias como hoje me fazem ter saudade da redação do jornal. Da muvuca, dos prazos, do editor que muda de opinião de uma hora pra outra. Só nessas horas em que posso finalmente atualizar o blog sinto falta daquela maluquice.
Não que meu antigo trabalho fosse em ritmo frenético, mas quando não tinha nada pra fazer, eu via os outros fazendo outras coisas e a sala era tão cheia de gente que logo chegava a hora de ir embora. Mas eu nunca tinha muita vontade de atualizar o blog, a não ser que eu estivesse tão triste ou feliz a ponto de escrever. Agora que escrevi isso, pensei que esse blog sempre teve uma cara "romântica".
Eu e a Ana estávamos habituadas a largar aqui todas as frustações e alegrias de um relacionamento em recém-construção. Não sei se tenho mais vontade de escrever sobre essas coisas. Não é só por estar em um relacionamento estável, como se convencionou dizer. Deve ser por outros motivos que por enquanto não sei explicar. Tenho tanta vontade de começar outro blog sozinha, mas ainda não sei de quê. Nao me entendam mal, leitores do Dizzy Misses, este blog é muito especial pra mim. E isso não é mais uma carta de despedida. É só mais um dos zilhões de desabafos que estão hospedados aqui e que vocês, pacientemente, acompanham. Alguns até comentam.
Enfim, comecei a escrever sobre o tédio de um dia pra me lembrar de um tédio inexplicável que nasceu da minha apatia de sempre deixar pra depois procurar um lugar para escrever que não fosse a revista ou qualquer outro trabalho. ufaaa!!! Frase grande como um desabafo que não interessa a ninguém, a não ser pra mim.
:*

7.11.09

Pensando bem

Você me conhece muito bem
tem histórias que só conto pra você
tem coisas que só fiz com você
tem loucuras que só fiz por você

pensando bem, temos muito em comum
já erramos e pisamos na bola
já vencemos e buscamos mais
já sonhamos e ainda fazemos planos

e para os próximos dias vamos torcer
por dias breves e ensolarados
por noites calmas cheias de cumplicidade
por um novo tempo para nós dois

3.11.09

Simples

tão simples como um abraço na chegada e na despedida
simples como aconchego de família
canto de cigarras e o azul do céu

quero que continue simples
sem complicação

26.10.09

E ela voltou

Carolzita, que bom que você voltou! Eu já estava perdendo o fôlego aqui. Te digo que não é fácil estar aqui sozinha, sem parâmetros, sem essa conversa interna. Que seu novo coração alado/cadeado sirva de muita inspiração.


25.10.09

quando um coração vale mais que mil palavras

- Por quê?
- Porque eu quis.
- Pra quê?
- Pra mim.
- Pra quando?
- Pra sempre

(de volta ao blog hehehe)

:*

Beatles Rock Band

Bom de ouvir domingo

24.10.09

Quando estou assim

... quando estou assim, quero dizer muito. Dizer que amo a todos. Que meus dias são azuis e ensolarados. Quero dizer que há poesia. Que a música embala meus dias. Que há cor em tudo que vejo.

Podes dizer que é mentira. Que pouco tenho a dizer. Que disfarço meus dias. Que tão pouco é o que sei.

Mas mesmo assim eu insisto. Brigo pelo que acredito. Afirmo que meu sonho é maior. E que nada vai me impedir de sentir.

E sinto. A beleza do amor. O carinho contigo. O sorriso nos lábios. A alegria de ser.

Conversa com meus botões

... é... daquele tipo...

12.10.09

A incrível arte de falar sobre nada


Não é bem sobre o nada. Mas é sobre aquela sensação de feriado de segunda-feira. Um nada de manhã preguiçosa. Com muita chuva e cobertor. E aquela vontade de não acordar. De não encarar esse não-dia.

E me pergunto sobre o que escrever. Pois existe a vontade. Existem coisas a serem pensadas. Como as conversas de madrugada. Aquelas sozinhas e acompanhadas. As imaginárias e aquelas que eu tive, mas que no fim havia muito não-dito.

O nada que está presente naqueles desejos mudos. Aquelas vontades não respeitadas. Desejos silenciosos. Shhhhhh... Quem sou eu pra escancarar isso aqui.

Também existem aquelas breves inspirações. Rápidas leituras instigantes. Aquela faísca luminosa na ideia. Mas que nunca se concretiza. Esse também é um nada sobre o qual eu gosto de falar.

São os não-dizeres de um não-dia. Nada escrito aqui. Um suspiro sobre nada. Só o pensamento sobre o que podia ter sido. Mas não foi.

Kinda good

11.10.09

Martha disse...

PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Dias divididos

Uma parte é minha
e a outra é tua
uma parte eu acordo
e na outra eu sonho

sonho com você
sonho acordada
acordo dividida
entre noite e dia

entre lá e aqui

Kids song

4.10.09

Diferente

Sempre foi diferente
óbvio demais para entender
mas a verdade é que eu gosto
e nem meu riso consegue esconder

18.9.09

Constatação

é estranho ver que passou tanta coisa
geralmente eu escrevia com um destinatário certo
agora parece latim desperdiçado

16.9.09

Nossa primavera

Não sei se foram as flores
ou se foi aquele telefonema
mas a primavera chegou em mim
como uma brisa de novidade

e me pergunto se a tua primavera
é igual a minha
pois a tua é bem-vinda
e a minha é despedida

despedida da bruma
do céu azul após geada
do frio gelado
e da grama esbranquiçada

enquanto você
celebra o fim do calor
a flor que brota da secura
ao final de cada estação

na dúvida, me resta cantar
aquela canção de setembro
a música das boas novas
abre a janela...




14.9.09

Trilha para...

Encontrei um blog muito fofo hoje e gostaria de compartilhar com os amiguinhos. É uma ideia bacana de um trio. Eles indicam diversas trilhas para os diversos momentos e circunstâncias. Desde chorar no cantinho até se vingar do vizinho. Ó-tee-mo!


Também vou linkar o blog na minha lista de favoritos aqui ao meu lado direito. Aproveito a inspiração e jogo aqui uma trilha para véspera de feriado! (Amanhã é aniversário de Ponta Grossa).




Até a próxima, pe-pe-pessoal!

2.9.09

Nada como...


... uma boa noite de sono para repor as energias...

31.8.09

Uma semana

é o suficiente pra se fazer um grande amigo
dá tempo de embarcar e desembarcar numa pira
é quanto leva uma carta pra chegar bem longe


Recomeços

Não sei porque razão eu sofro tanto em minha vida
A minha alegria é uma coisa tão fingida
A felicidade é já é coisa esquecida
Mas agora vou recomeçar

Não vou ser mais triste
Vou mudar daqui pra frente
E a minha escrita vai ser muito diferente
A filosofia vou mudar em minha mente
Pois agora eu vou recomeçar

Quero amor e quero amar
Quero a vida aproveitar
Talvez até arranje alguém
Alguém que eu possa acreditar
Pois agora eu vou recomeçar
E daqui pra frente eu vou mudar

30.8.09

Controle

29.8.09

MAPS

Sinto falta

Sinto falta da despretensão
de quando gostar não machucava
do desapego
das coisas simples

sinto falta de quando não era tão complicado
quando a diversão estava em estourar bolhas de sabão
saudade dos dias em que bastava o azul do céu
e uma grama fofa pra deitar

sinto falta dos começos
aqueles bem emocionates
naqueles dias em que eu tentava ser melhor
e qualquer palavra doce era suficiente

hoje, recomeços são difíceis
tão cheios de vícios e medos antigos
suspeita e desconfiança
receio dos mesmos finais

eu quero o novo, de fato
novos afetos
amor de cara nova
novo fôlego

é... fazem falta as viagens
as pequenas visitas
os breves reencontros
amizades antigas

sobra tanta falta

27.8.09

E eu não vejo que hora dizer

23.8.09

Nada acontece por acaso

Cada dia acredito mais nisso. Não existem coincidências. Tudo possui um significado. Mas muito passa despercebido. Isso pode parecer conversa de gente louca, mas pequenas coisas têm acontecido para me fazer pensar.

Coisas que não deram certo que acho que não eram pra acontecer mesmo. E que tudo aponta para eu não insistir. E coisas que aconteceram no lugar e que se mostraram melhor opção. Situsações que continuam se moldando e criando um novo cenário muito complexo.

Veremos o que acontece a seguir.

11.8.09

Veja bem...

... eu queria mesmo escrever. Algo bem pão com margarina, como diz meu amigo Edu. Mas eu escrevo assim quando estou pensativa e amargurada. O que não é o caso. Estou bem humorada. Estou feliz pelo Du e seu novo trampo, pelo nosso acampamento, por meu trampo ser divertido, e por unas outras cositas mais... Achei que encontraria Alice, mas ela não precisou vir... talvez nem vá precisar dela, estou dando conta sozinha...

Something inside...

Recomendo esse som... principalmente pra ficar pensando em coisas que poderiam ser feitas. De quando fica aquela vontade. Mas, que por enquanto é melhor deixar na gaveta...


10.8.09

Parei, sim...

mas não foi por falta de tempo
não foi por falta de pensamentos
os conflitos continuam
os eternos dilemas

está tudo aqui

o que mudou foi a vontade de fixar
de focar algum pensamento
de eternizá-lo em palavras
não quis mais

escrever eu sempre escrevo
mas optei por banalidades
lista de mercado
textos técnicos pro trabalho

mas hoje acordei diferente
primeiro foi a angústia
que logo se foi
assim como neblina dissipando

depois vieram as antigas dúvidas
aquela lista de conclusões
princípios mutáveis
permaneceriam intactos?

e agora veio a paz
a música
a poesia
ainda com lugar especial em meu coração

questiono as oscilações
humor flutuante
não queria duvidar tanto
remoer tanto

mais fácil é olhar para a frente
dar o tempo necessário para cada coisa
conhecer bem nossos amigos
amar enquanto estão perto

e por isso eu volto
vou passar aqui com mais frequência
dar um alô de vem em quando
deixar aqui um pedacinho de memória

25.7.09

Dias e dias

Sinto as coisas mudando. Eu aproveitando meu tempo de um jeito diferente. Alguns afastamentos involuntários, algumas reaproximações e muitas e muitas pessoas novas. Está ficando difícil administrar esse momento. Parece que não tenho apego. Mas às vezes me apego demais. É estranho.

A questão é que estou trabalhando bastante e nessas horas encontro muita gente e isso me faz um bem danado. Pessoas queridas estão entrando em minha vida e fico feliz por isso.

Já outras coisas vão mudar. Um casal de amigos meus vão casar. E no casamento, vou rever várias amigas amadíssimas, minhas irmãs que moram longe. E os noivos? Bem... que dizer... são meus melhores amigos, estudei quatro anos com eles, vi eles começarem a namorar, brigar, voltar... e eu sabia que um dia isso ia acontecer. No fundo, porque sou romântica e acreditava nesse amor.

Acredito que existem companheiros e amigos para vida toda. Acredito no esforço de duas pessoas, no desejo de querer ficar junto. Desejo felicidades ao casal!

13.7.09

Eu e você

juntos, o horizonte é nosso
as estrelas são feitas para nós
a chuva cai em nosso benefício
e o sol brilha para nos dar luz

juntos, provamos que o amor é real
que ele existe apesar de negarem
e que em tudo há um singelo sentido
por mais insignificante que seja

e eu te espero

9.7.09

Tirando isso...

... estou a mil
pensando, pensando
criando, criando
falando, escrevendo
arquitetando, confabulando
sendo o que posso
fazendo o possível
em meio ao caos
organizando os desvios
amando o que faço
me divertindo

as próximas horas serão as melhores

Será que é isso?

Competitiva, prolixa, pedante demais? É isso que espanta? Será que não sei demonstrar quando gosto? Será que dou mais patada do que falo sério? Será que exijo demais? Será que sufoco? Afinal o que é?

1.7.09

Hora certa

Sei que sou a mais rabugenta quando perco a fé... que consigo colocar qualquer um pra baixo ao mesmo tempo que sei que mudo de ideia rápido. Quase como um piscar de olhos. E que acredito na 'hora certa', nas coisas mágicas e misteriosas, em momentos de reviravoltas e grandes surpresas. Na lei do eterno retorno

e também creio naquilo que nos aguarda

é uma fé estranha
às vezes boba
às vezes fundamental
certeira ou aleatória

é a fé na boa hora
na hora da volta
na volta da fé

e quando me dou conta
estou cheia
transbordando
simples e contente

tudo tem sua hora
não basta querer
não dá pra forçar
uma hora ela vem

quando menos se espera
no cochilo e despreparo
imprevisto
... uma hora é

29.6.09

Não perder coisas bacanas por falta de companhia

Aprendi isso faz tempo. E faço questão de aproveitar. Não perder filmes no cinema por não ter companhia. Ir a shows, peças, concertos etc etc etc. Sim, um dia um amigo vai querer também, mas se na hora pintar a oportunidade... não dá pra pensar duas vezes.

Hoje, vi uma apresentação maravilhosa do Coral e Orquestra Sinfônica. Eis aqui uma das músicas que a orquestra tocou...



28.6.09

Comecei a escrever...

... e parei!

Algumas coisas não devem ser ditas ou escritas
para que não virem verdade
para que não sejam contratos
para não ser eternizado...

26.6.09

Confusão

Será que é preguiça?

Ou apenas falta de inspiração. Acho que as duas coisas. Por isso, faz tempo que não escrevo. Sim, coisas novas acontecem todos os dias em minha vida. Aprendi a gostar de academia, estou cada dia mais conhecendo pessoas novas, conversando bastante, lendo pra pós, fazendo trabalhos. Hoje a noite vou para Florianópolis com um pé e volto com um outro. Um curso com um cara do México... coisa doida.

A Jeka me contou de uma carta que eu mandei pra ela no primeiro mês que eu estava em Blumenau. Eu fiz um caderno freela sobre responsabilidade social. Entrevistei um grupo de palhaços que visitavam hospitais e uma das moças me ligou agradecendo. Eu fiquei muito emocionada, acreditando que jornalismo é uma puta profissão.

Mas sim, acontecimentos recentes me fazem crer que nem todos comungam dessa crença. Alguns acham que o veículo é mais importante do que as pessoas que se sacrificam todos os dias pela notícias. Sim! Sacrifício. Úlceras, gastrites, estresse, cobranças, censura, fontes mal-educadas, café ruim na redação, correria. Mas agora liberou geral, e todos podem saber como é legal ser jornalista... vamos lá! Quem se habilita?

Sério, estou em crise com a profissão. Estou dando um tempo e por período indeterminado. Enquanto isso, escrevo aqui, quando der vontade, não vou falar da morte de famosos, nem de gripe (afinal, faz duas semanas que estou gripada, mas acho que é o tipo normal).

21.6.09

Divã


Assisti o filme baseado no livro da Martha Medeiros esses dias: Divã. A Martha tem uma coisa de falar o que toda mulher quer ouvir. A mulher santinha ou não, a louca ou não, a que com certeza não é normal. Acho que ela tem essas crises, como todas nós. E ler o que ela escreve, me faz sentir menos doida.

E o que eu escrevo passa a ser um desabafo também. O conselho de cego para outro cego. A constatação de que somos mais parecidas (todas as mulheres) do que se imagina. As crises, os medos e as dúvidas... todas temos. Bom se ver no espelho...

20.6.09

Be gentle with me

Bem que eu queria

... ter dito sim sem vacilar
e simplesmente te encontrar
te ter sem medo, sem receio
sem cobranças ou imprevistos
só deixar acontecer
enquanto há tempo e vontade

18.6.09

Beirut no Brasil...

14.6.09

Só pra dizer (quando houver alguém)

Quando esfriar, me abrace
se eu cair, me segure
em cada olhar, uma entrega
pra cada sorriso, um beijo

12.6.09

O garoto invisível

É preferível a sombra de alguém
um esboço perfeito
um reflexo inconsciente
que o vazio

nesta lacuna vale tudo
é tão fácil preencher
nem sequer precisamos conhecer
basta uma imagem

uma ideia do que possa ser
a projeção de como pensa e age
uma boa descrição
um bom argumento

but reality crash to the floor

Recomeço

Toda manhã é um recomeço
lembrar o ontem, projetar o presente
passar a limpo, riscar os erros
aprender com eles, sim

mas aprender a se perdoar
entender que nada é em vão
o que não era pra ser, não foi
fato

estamos sendo preparados
para o que há por vir
recomeçar, reconstruir todos os dias
um alicerce melhor
uma fundação mais firme

a vida nos permite isso
aprender todos os dias
melhorar todos os dias
errar um pouco pra saber o que é certo

sonhar, esquecer e sonhar de novo
rir, chorar e esboçar um sorriso
tentar, frustrar-se, conseguir
seguir em frente

aprender a ver os outros felizes
não competir tanto
abrir o coração
e deixar alguém entrar

8.6.09

Segunda-feira

7.6.09

5.6.09

Realmente...

Eu não tenho escrito muito ultimamente... não tenho tido sensações muito intensas ou momentos zuper criativos. Me pergunto o que eu teria pra escrever se eu morasse numa fazenda (não a da Record, haha).

No começo da pós me deu um ânimo para escrever sobre coisas legais do curso, mas ultimamente ele está só chovendo no molhado. Nada mais tãooo surpreendente. E no dia a dia, vou fazendo minhas coisinhas, processando meu ex-chefe, indo na academia, sacando que minha paciência está curta pra algumas situações e que eu preciso melhorar.

Eu queria muito ir para Blumenau, visitar a Carol, a Rô, a Luma, a outra Carol (a mineira) e quem mais der... Saudades malucas!

Tenho pensado muito no céu. Coisa maluca. Mas amo céu de inverno. Aquele azul que fica após uma geada. E o pôr-do-sol sem nuvens. Só o horizonte e o dourado. Não tem coisa mais linda. À noite, só estrelas e uma lua branca e simpática. Fora isso, muito frio.

Por enquanto é só. E como diz o Du, que venha a tequila... hoje é sexta, minha gente!

4.6.09

Minha trilha sonora dos últimos dias...

O Du tem razão

Mas agora ele me chama de louca porque eu fiz um texto feliz. Não que eu seja depressiva... mas eu gosto de ser reflexiva. As minhas preocupações, eu ponho no papel (ou no blog). Então, me livro delas. Mas é o tempo livre. Cabeça vazia... Preciso de algo pra ocupar esse espaço ocioso... Vou fazer tricô!

Bom dia, dia


Bom dia, céu azul
Bom dia, geada que já está derretendo
Bom dia, sol brilhante
Bom dia, colinas verdejantes
Bom dia, pessoas amigas
Bom dia, flores e passarinhos

Lindo dia, hoje.

30.5.09

27.5.09

Ficando melhor...


"Vamos admitir: as coisas estão melhorando"


Não acredito que haja um dia em que tudo seja perfeito. A tendência é de altos e baixos, mas podemos tentar ser melhores todos os dias. Mudar nós mesmos, para depois mudar as coisas ao nosso redor. Dar um pouco mais de si e ver uma luz no alto do poste.

26.5.09

Por que ela vem


Ela vem... depois vai embora. Me pergunto se sua visita é necessária. Uns correm para pensar, outros uivam para a lua. Eu chamo a Alice. Ontem, eu questionava se havia necessidade, se o ônus não seria pesado demais, as consequências um tanto inconsequentes.

Até me dar conta que é quase um ciclo. Amor, desilusão, dor e limpeza. Alice usa a marreta para terminar de quebrar o que ficou das ruínas. Ana Carolina vem depois para a reconstrução. Para escolher as cores das paredes e os novos móveis.

E tem sido assim. Ana Carolina não é boa em ir à forra. E essa é uma etapa necessária após alguns tipos de lutos. E melhor que vestido preto, só um pouco de loucura. Alice é boa em providenciar curas milagrosas.

Mas sim. Ela vai embora. Eu lembro que sou consequente. Que penso demais. Que algumas coisas não se resolvem just like this. Então, eu recomeço.

25.5.09

Desconfie

Se todos te perguntam se você está bem, o que está acontecendo. Se dizem que você parece abatida ou chata. Que está falando pouco, anda sumida. Se reparam em suas olheiras, reclamam do humor... aí tem. E é um fato: nem sempre você sabe porquê. Uns vão dizer que desconfiam, mas então você diz que não é o que estão pensando. É outra coisa. Na verdade, talvez a pessoa não tenha certeza, porque são várias coisas. Mas provavelmente, o que ela precisa é sair desbaratinar com os amigos. Pra começar. Essa pessoa deve estar se sentindo sozinha com seus problemas. É um problema de paradigma, sabe. Todos vivem em crises privadas e pessoais. Mas a falha é no sistema. É o fim da história, como diria Fukuyama. Falta de perspectivas. E necessidade de novas formas de nadar contra a corrente. Enquanto isso, aparecem as olheiras e você fica chata e depressiva. E todos ao redor reclamam que você está estranha. Mas eu digo: o mundo é que é estranho.

Cansei

Cansei um pouco de mim.
Cansei dos meus planos e objetivos.
Cansei do meu reflexo no espelho.
Cansei da rotina e de algumas pessoas.
Cansei de situações.
Cansei de repetições.
Cansei.
Vira a página para mim, por favor.
Estou cansada.

24.5.09

just do it

change it cause you feel it not because you saw it

22.5.09

Amor

"Tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não são os amores felizes mas os contrariados".

Gabriel García Márquez

Mesmo pessoas de fortes convicções fraquejam diante dele. Muitas certezas caem por terra. Eu já questionei. Já desconfiei. Neguei até a morte. Mas hoje sei: o amor é o que nos motiva a viver. Quem diz que não, nunca amou ou já sofreu demais. Sem saber que o amor negado é o que nos faz crescer e buscar cada vez mais.

Fora de moda ou enferrujado, lá está ele. A maior das transgressões. Que nos permite desconhecer-nos. Negar nossos princípios. Questionar nossas verdades. Mudar por alguém. Eis a grande ameaça e desafio maior ainda.

"Sem o amor, somos tensos. Com amor, somos intensos". Queremos escrever poesia. Mudar de país. Trocar de vida. Provar o que não pode ser provado. Não lutamos até a morte pela pátria, mas alguém já desejou, ao menos um dia, morrer de amor.

E tudo isso para ficar marcado sob a pele. Os amores curtos e fulminantes. Os inesquecíveis. Os invencíveis. Os edificantes. Apenas o amor.

21.5.09

Ahhh, Dona Alice

20.5.09

Alice


Meu alter ego. Meu id. A garota da faxina. Se faxina consistir em quebradeira e arruaças. Chamo ela para o trabalho sujo. Terrorismo, roubar placas e cones de rua, sexo casual e bebedeiras inconsequentes. Ela é hedonista. Busca o prazer pelo prazer. Curte rock e solte a franga. E ela me faz bem.

Ela é boa em esquecer. Não se apega. Vive a vida sem piscar os olhos. Ela não planeja. Apenas executa. Não sorri, mas mostra os dentes. Não se ofende, mas também não leva desaforo pra casa. Ela está bem guardada, mas louca para sair brincar.

19.5.09

Troca


Calçou as galochas e no lugar de chapéu uma nuvem. Dessas cinzentas e chorosas. Trocou o coração por uma caixinha de música que tocasse no mesmo compasso. Colocou gatos em gaiolas e soltou os passarinhos. Podou as flores e deixou os espinhos. Queimou cartas e fotos. Passou a agenda de telefone a limpo.

Limpou as vidraças e pintou as paredes. Abriu as portas e ligou a vitrola. Tirou o pó dos vinis e arejou as músicas. Esvaziou as gavetas e deixou as roupas respirarem. Por fim achou um laço que ficava melhor que a nuvem nos cabelos.

Colagem

Me canso
e me rasgo em pedaços
me pico e jogo fora
pra depois colar os pedaços

montar em outra ordem
jogar umas partes fora
acrescentar outros recortes
e fazer um novo eu

17.5.09

Querer

É um querer que eu não quero
querer que não pode
e que se souber que eu quero
não vai querer também

Oh, Pablo...

"SABERÁS que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo todavia.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desditoso.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo."





Pablo Neruda.

16.5.09

temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza
temos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza

[Boaventura de Souza Santos]

O medo

Quando eu era pequena, imaginava como seria o mundo sem gravidade. Poderíamos andar no teto e se não fôssemos cuidadosos, cairíamos no infinito azul do céu. E isso me dava medo. Mesmo não tendo lógica. Assim como medo de altura, ou medo de aranhas. Geralmente, medo é uma coisa irracional. E medo é sempre o avesso de liberdade.

Uma vez, entrevistei um filósofo em Blumenau que dizia que o medo da violência, por exemplo, nos aprisionava dentro de nossas casas. O medo nos impedia de fazer algumas coisas. Nos privava de viver plenamente.

Medo. Medo de perder. Ser livre é não ter nada a perder. Não ter medo de cair, não ter receio de tentar. Não temer o futuro ou as coisas incertas. Realmente arriscar.E deixar pequenas coisas de lado. Medo do escuro, de insetos, de amar e de mudar de ideia.

15.5.09

Oswaldo Montenegro também gosta de listas...

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

[A lista]

Oswaldinho presente nos nossos blogs.. né, Du?

14.5.09

hoje resolvi escrever


estou fazendo um diário. pronto, falei. não, ele não é rosa. não, ele não tem embalagens de bombons coladas nas páginas. e não é bem um diário. é mais um semanário. decidi fazer isso depois que li uma matéria sobre insônia.
estudos dizem que pessoas que pensam demais na vida têm problemas para dormir (e alguém ainda precisou pesquisar pra chegar a esta conclusão...). enfim, eu pensei nisso antes de dormir. um dia, na fila da Americanas, vi que as agendas estavam em promoção. R$ 3 cada! também, já era abril. uma nota de R$ 2 mais uma de R$ 1 (espécie quase em extinção. comumente encontrada na cantina do meu trabalho). imperdível.
meu diário tem capa que imita couro e é marrom claro. não tem nada demais, a não ser as zilhões de moedas no mundo. e uma pequena parte do que eu penso. antes, eu fazia isso aqui.
desde que li uma crônica ótima da minha chefe, a Mônica Torres (agora com blog), baseada em algo que a Luma Santos (ela já tinha blog antes) contou,comecei a repensar sobre as lamentações online. um amigo da Luma disse que o twitter é um spoiler da sua própria vida. ou seja, pessoas como eu são maníacas pelos "refreshs" e botões "publicar" da vida e, na falta do que falar, falam de si mesmas (como agora, ironicamente).
eu me vi nesta situação quando cheguei no trabalho e o Cristiano Santos (agora com blog) me perguntou o porquê do mau humor. eu ainda nem tinha tido tempo de responder o "oi" dele e ele já sabia que eu tinha discutido com alguém sobre o ar-condicionado.
O fato é que o diário dá maisoumenos certo. assim, é bacana pra descarregar tudo. só que sem comentários. não sei se isso é bom ou ruim. ainda.

A magia que nunca acaba...

Precisamos fazer um desses em Ponta Grossa, hahahaha...

11.5.09

Melhor nem saber...

... o dia que vai morrer
... os números sorteados no dia que você não apostou
... o que aprontou quando bêbado
... spoiler de filme
... onde está a outra metado do bicho da goiaba
... depois da notícia boa, qual a ruim
... quantos minutos falta para o despertador tocar
... que aquele cara lindo que nunca vai te dar bola é gay
... de promoção alguma quando acabou o limite do cartão
... que o iogurte está vencido, depois que já tomou
... o valor da fatura do cartão desse mês
... que o chute estava certo na questão da prova que você deixou em branco
... que você estava quase chegando lá quando resolveu voltar
... que você gastou os últimos centavos pra pegar ônibus naquele chocolate

(com a colaboração de Luma Catarina)

10.5.09

Definição

Quem sou? Pergunta difícil. Esse final de semana ouvi muitas discussões sobre isso. Alguns acham mais fácil dizer o que não são. Eu acho difícil de qualquer jeito. Porque às vezes penso ser algo, mas talvez tenha mudado e não percebido. Já fui muito tímida. Hoje, apenas para algumas coisas. Dou risada demais. Nem todos sabem disso. Mas faço piadas o tempo todo e dou risada quando estou nervosa ou tensa.

Já fui mais dura na queda. Hoje, choro por causa de música de comercial na TV. Já fui avessa a romantismo, casamento e filhos. Hoje estou mais sensível à ideia, mas penso muito em adoção. Tenho irmão adotivo e penso que muitas crianças não têm família nesse mundão de meu Deus.

Gosto de música. Principalmente rock. Mas me pego ouvindo baladas, sertanejos de novela, reggae ou tudo que tenha boa letra e melodia. Gosto de cantar, mas tenho vergonha de cantar em público. Gosto de escrever... poesia, ficção, reportagem, pensamentos e desabafos. Já escrevi um livro na graduação... mas ficou horrível. Gosto de ler. De tudo, até bula de remédio. Assuntos culturais em geral me fascinam.

Quero um mundo melhor. Creio que a atual política de desmonte do Estado e dos direitos sociais deve mudar. Acredito na coletividade, no poder da cidadania, na força do povo e na iniciativa de manifestações públicas. Quero ser cientista social. Sou cristã. Entro em muitas crises por isso, por tentar ser melhor com o próximo e pelos conflitos entre fé e razão.

Sou prolixa, às vezes pedante. No geral, eu sou meiga, mas quando me irrito tenho um péssimo gênio. Acho que assusto algumas pessoas com a insistência em determinadas circunstâncias. Tenho dificuldade de esquecer amores. Sou relapsa quando penso demais, com direito a visão e audição seletiva. Na minha cabeça, tenho ambições grandiosas e malucas, mas ponho pouca coisa em prática.

Perco o fio da meada e acabo me perdendo em textos longos como esse... melhor parar... Essa é uma tarefa de titã e eu ainda estou em processo de construção. Não sei me definir. E gosto de estourar plástico bolha.

Teimosia

Se for pra lutar por um mundo melhor, quero ser chamada de teimosa. De querer estudar mais quando não ligam para a educação. Ler quando queimam livros. Sonhar quando já não descansam mais. Eu vou ser teimosa, sim.

Vou separar o lixo reciclável, vou reaproveitar o papel. Vou falar quando não querem ouvir. Vou dizer que existem injustiças. Vou confessar que sou hipócrita às vezes. Que tem dias que não quero pensar no mundo em que vivemos. Mas há dias em que vou olhar pela janela e querer a revolução.

Dizer para as crianças que o mundo pode ser bom. Que quero que exista uma vida decente para meus filhos. Vou quebrar a cara. Vou fazer discurso em carro de som e usar nariz de palhaço. E não vai ser a primeira vez.

Eu esqueci quem eu era. Mas hoje eu acordei. E acordei para fazer a diferença.

7.5.09

A arte de virar a página


Segure delicadamente a ponta inferior da página à direita no livro e faça um movimento de arco da direita para a esquerda. Página virada.

Por que eu preciso de equilíbrio?

Porque eu sou desiquilibrada
eu ajo por impulso, sem pensar
eu tomo atidudes durante o calor do momento
me precipito em decisões
falo o que não devo quando estou com raiva
se alguém me magoa eu tento revidar
eu demoro a perdoar os outros

É uma lista interminável. Mas eu estava um pouco na dúvida, mas ontem tive certeza. Equilíbrio em cápsulas, por favor!

5.5.09

Equilíbrio


Onde compra? Eu quero uma dose... cavalar! Pra elefante, se tiver. Cansei de oscilar, preciso de equilíbrio. É preciso mudança. Falar menos, ouvir mais. Bater menos de frente com os outros. Desencanar dos problema. Abrir mão do que me faz mal. Evitar pessoas e situações problemáticas.

Preciso de um ponto de equilíbrio. De algo que me realize e me agrade. Que eu seja melhor, ofereça mais às pessoas e realmente contribua para o bem geral da sociedade. Não precisa ser através da comunicação ou jornalismo, mas quero fazer diferença na vida das pessoas. E sei que não vou conseguir isso sendo desiquilibrada, haha. Eu devo aprender a sublimar meu problemas para dar atenção aos outros.

Ter bons objetivos. Metas importantes. Por mais pesinhos positivos na balança. Chega de dar importância a coisas desimportantes. A hora é de arregaçar as mangas e fazer a diferença.

4.5.09

Amendoins

Odeio aquele pensamento: "eu era feliz e não sabia". É a pior coisa para se constatar. Na hora parecia coisa corriqueira, mas hoje, através da lupa do passado, parecia tão bom. Hoje, eu fui no shopping com meu irmão para pagar umas contas. Passei na Americanas e ele pediu pra eu comprar um pacote de amendoim.

Viemos mastigando, durante o caminho de volta. E tudo que eu conseguia lembrar era do tempo em que eu morava em Blumenau. Na época, meus hábitos alimentares eram terríveis. Eu e a Roberta vivíamos de pipoca, amendoim e cerveja. Inúmeras vezes comprávamos aquelas caixas de 18 latas e matávamos num final de semana. Bons tempos...

Minhas lembranças etílicas foram mais longe. A noite fria de hoje me lembrou os seminários de comunicação do meu curso de jornalismo. Após as palestras, eu e as meninas íamos tomar quentão com gemada na saída da UEPG. Lembrei também de quando trabalhava na TV. Eu, Mileide e Jéssica comprávamos a vodka mais barata para tomar em alguma esquina da avenida Munchen.

Não, não é falta da bebida que eu sinto. É da atmosfera. Daquela sensação de nada a perder. Das risadas, das piras. Das companhias. Hoje meus amigos estão indo embora, ou já foram, ou planejam ir. Crescer sucks. Meu consolo são as eternas lembranças e os eternos amigos. E saber que ainda há muito pela frente.

O mundo ainda gira. O tempo não para. E existe muito amendoim por aí.

29.4.09

Ombro

Sei lá, veio agora
essa vontade de um ombro
encostar a cabeça e esperar
esperar essa vontade passar ;(

27.4.09

Os laços de amizade


Fui deixar três cartas no correio agora. Todas para amigos. E me deu aquela sensação gostosa no peito de saber que existem tantas pessoas maravilhosas com quem contar. Mais que isso, saber que outras pessoas estão por aí apenas esperando para serem conhecidas e se tornarem grandes amigos nossos.

A namorada do amigo, o primo do vizinho, a moça escandalosa ou o menino tímido do trabalho, a professora que gosta dos mesmos autores, o cara que tem os mesmos discos, a melhor amiga do namorado, a guria pra quem passava cola no colégio, a moça que também tem caimbra na academia, a menina que gosta dos mesmos seriados.

Acho engraçado, que para ser amigo, é preciso muito pouco. Dez minutos de conversa e você pode descobrir um irmão para a vida inteira. Ou talvez alguém para aquele momento que você não está bem. Basta saber escutar. Ter a curiosidade de saber mais.

E de repente você descobre que vocês moraram no mesmo bairro e assistiram os mesmos desenhos na infância. Uma hora você percebe que admira e gosta daquela pessoa. E no fundo é isso, é um amor. Simples assim. Enquanto a gente é chatinho para aquele amor-amor, para a amizade é um estalar de dedos.

Nem precisa ter tanto em comum. Nem idade, nem onde mora, gostos, nada. Amigo, mais que tudo, completa. Preenche. Dá cor. Amigo é para sempre.

24.4.09

Saudade

Não sei porque dói
se é porque ela tira pedaço
ou se porque aperta
sei que ela ocupa muito espaço

Falta do que foi
do que podia ter sido
saudade de quem tá longe
ou de quem tá perto mas distante

saudade da casa antiga
da vó que já se foi
do amigo que não é mais
de amar só por amar

21.4.09

Noite adentro

É sempre assim
os minutos preciosos de uma boa noite de sono
perdidos aqui em frente ao teclado
perdidos não, achados

é quando eles veem
as ideias
os pensamentos
as lembranças

todos juntos em ciranda
dançando sobre meus sonhos
me despertando
para algo que é mais forte que eu

e eles precisam me deixar
sair de mim e partir
ter a vida própria que quiserem
pois não sou mais sua dona

seja em prosa ou poesia
em versos ou sentenças
eles nascem noite adentro
me roubando os sonhos e o sossego

Insistir e persistir

Encanei com essas palavras. Engraçado. Tão parecidas e tão diferentes. Persistir tem a ver com paciência. Insistir é quase chatice. Persistir num sonho é louvável. Insistir num erro é burrice.

Vi essas duas em algum texto e depois tive uma conversa com uma amiga e acabei refletindo mais sobre o assunto. Quando tudo vai mal, o que fazer? Quando a vida parece uma enorme crise, tudo de repente está de cabeça para baixo...

Às vezes demoramos para perceber que a vida chegou num impasse. Talvez estejamos imersos em conformismo. Insistimos numa vida medíocre. Chega uma hora que temos que descartar a vida à qual estamos confortáveis. O recomeço não é fácil. E é aqui que devemos então persistir.

A transição é dolorida, crescer machuca, ter responsabilidades, sonhar com algo grande. O caminho é difícil. E por um lado, aquela existência tranquila e insignificante, soa aconchegante e confiável. Por alguns segundos esquecemos o quão sem brilho eram aqueles dias.

Perseverar no sonho. Eles não vêm em vão. E eles não são imediatos. Insistir em algo pronto e acabado? Qual a graça? Onde vamos chegar? Não, eu quero a mudança. Custe o que custar.

20.4.09

Por que eu amo o inverno?


Porque é quando florescem os ipês-roxos
porque usar cachecol é divertido
porque é mais gostoso pra ficar juntinho
por causa dos cobertores fofinhos
para usar pijama de flanela
porque quando tem geada, o céu fica mais azul
porque eu gosto de ficar perto do fogão de lenha da minha vó
para tomar sopa
porque é uma boa desculpa para tomar chocolate quente
porque é bom para dormir

18.4.09

Fim de tarde

Sabe o que seria perfeito
mais um dia de sossego
alguém pra dividir o sofá
e um fim de tarde de abril

um dia para não pensar, só abraçar
ver os últimos raios do sol
laranja, amarelo e vermelho
entrando por entre as cortinas

espreguiçar com preguiça
chutar almofadas
despedir se do dia
dar boas vindas para noite

ligar a vitrola
deixar as luzes apagadas
adormecer e despertar
quase sem perceber

seria perfeito
um fim de tarde perfeito

A trilha para o fim de tarde

17.4.09

Paaaaaazzzzzz

Perco-me naquela sensação única
de deitar sobre o tapete de folhas
sentir a grama entre os dedos
a textura do veludo com cheiro de verde

é um deixar-se levar pela brisa
suave sopro sobre a relva
contato tão próximo da terra
gelada e vermelha sob a superfície

que paz é essa que não tem nome
que se confunde ao cerrar os olhos
e tem cheiro e quase um gosto
quase palpável aos dedos desatentos

única capaz de me fazer esquecer
de dormir em paz sobre o verde
de abandonar os pensamentos terrenos
e voar para onde só existe ar e luz

deitada aqui me resta aguardar a chuva
gotas para desfazerem todos os nós
água para baixar a poeira
e para levar os problemas embora

Bloqueio

Risca risca risca
um boneco de palitos
figuras geométricas
mas nenhuma palavra

será que se esvaiu de mim
minha vontade de escrever?
esvaziou-se como minha conta no banco?
a falta de dinheiro afetou meu cérebro?

ultimamente é o que mais me ocupa
minhas preocupações mundanas
a pequenez de pequeno burguês
minha vulnerabilidade econômica

que lástima, caro leitor
gastar meu latim com isso
preciosas palavras
trocadas por moedas

Anita Philipowski disse... (trecho)

Os poentes da minha terra
São belos,
Tão belos,
Mas tão belos
Como nunca ninguém viu fora daqui.
Uns são roxos... outros amarelos...
Outros de bronze com pedrinhas de rubi...
E os cor de opala, então?
Lembram a palheta de algum pintor flamengo
As nuanças leves de um pôr-de-sol assim.
E os de seda cor-de-rosa?
E os poentes de verão?
À s vezes o poente de verão
É todinho borrado de carmim.

Há os de nuvens frágeis, esgarçadas,
Tocadas de luz desfalecente.
E a essas nuvens leves,
E luz desfalecente,
A gente olha e pensa...
Fica pensando que o ocidente sonha
Sonhos de renda, de gaze e nostalgia,
Sonha saudades para magoar a gente.
Patéticos... Uma rima de saudade,
Um verso do poema - nostalgia...
Tonalidades de exótica poesia,
De poesia apenas pressentida
Através do tempo e através do espaço...
Patéticos. Legendários. Quase irreais...
Estes poentes às vezes são assim.
Neles canta, e numa voz que ninguém ouve,
Um noturno...
Canta inaudível a alma de Chopin.

16.4.09

Sem título

11.10.2000 (ipsis literis)

Parei e olhei, vi várias placas indicando para onde ir. Tudo pelo que eu havia passado, o caminho que cruzara estava em branco, um passado apagado. Só pude ver os rostos que por mim passaram...

Em alguns trechos, pegadas profundas: ali, parei para analisar o caminho, havia bifurcações. E sempre um rosto. (Parece que não decidia sozinha). Da grande maioria desses caminhos (incluindo as bifurcações), não sei porquê, mas sempre davam no mesmo lugar: no presente. Neste!

Enfim, havia destino, mas "eu" escolhia como vivê-lo. E era aqui que eu devia chegar. Nada acontece por acaso. Cada folha no caminho era um sinal para ser observado.

Em direção ao futuro, mais bifurcações. Mais rostos para cruzarem meu caminho, e quem sabe, um pelo qual eu cruze o caminho. Quem sabe este também será um indicador das minhas opções. Para onde eu vou? O que devo fazer?

Fechar os olhos e seguir ou "olhar para os dois lados" antes de atravessar? Talvez a minha consciência dite as regras certas... e talvez a resposta seja visível, pois haverá uma sinalização indicando.

O necessário são olhos atentos para os sinais. Quantos não passaram em branco e, insistentes, vieram mais fortes até que chegasse a tal hora de quebrar a cara, para só assim enterder. E só assim pegar o caminho certo... para chegarmos aqui!

Mesmo céu


Lá onde o céu toca a terra
de onde se pode alcançar as nuvens
é lá que eu quero ir

estar debaixo do mesmo céu
sob esta mesma lua
não importa onde eu vá

estaremos todos interligados
amigos de almas abertas
apaixonados por céu e estrelas

Pesadelos

Odeio sonhar que estou sonhando. Pior, sonhar que acordei e estar convicta de que estou acordada no sonho. É horrível. Eu enxergo meu quarto, mas então coisas estranhas acontecem, mas no sonho parece verdade. Esta noite eu tive muito medo. Fiquei impressionada com as conversas de umas mulheres da academia que estou frequentando (pois é). No meu sonho, eu acordava de um pesadelo (ui) e tentava levantar, mas uma força sobrenaturam me segurava na cama, me mantinha deitada e era doloroso. Eu podia sentir aquela dor no sonho. Depois, mais coisas malucas aconteceram. Um cara doido aparecia e me jogava facas e aparentemente ele era meu parente. Depois, eu encontrava um cara desaparecido que estava preso dentro de um boneco de gesso. E novamente essa mesma cena se repetiu, mas dessa vez eu cheguei atrasada e o cara já tinha escapado do gesso. Eu estava com minha mãe e eu discuti com ela considerações sobre viagens no tempo, em como as coisas não aconteciam exatamente iguais pela segunda vez (?). Depois, eu e meus irmãos ateamos fogo num tapete, num lençol e numas cobertas. Eu fui então dormir novamente, e no dia seguinte, descobri que os bombeiros apareceram para acudir o fogo. Tudo isso numa casa super estranha.

Sinistro.

15.4.09

O teto

O cheiro de café
a réstia de luz
o beijo na nuca
enfim, acordar

a respiração pesada
o sorriso
o teto
adormecer feliz

14.4.09

Mania de viver de passado

Comendo pão bolorento
vendo fotos amareladas
móveis cobertos de pó

amanhã nessa mesma hora

o hoje vai fazer bem mais sentido

12.4.09

post pra dizer

o quanto foi bom ter isso aqui. Cada vez mais distante deste blog, logo terei que dizer adeus de vez. Por enquanto, estou no twitter. Não é adeus agora. Ainda vou preparar minha despedida oficial.
=*

Falta de fé

Te pego pelo braço e puxo pra dançar
na minha música, no meu ritmo
aqui você não manda mais
já se foi o tempo que você falava mais alto

cansei das suas indas e vindas
das constantes lembranças
de que o que temos é recente demais
quando já parece muito tempo

não vai mais me assistir de onde está
sentada à beira da pista de dança
ou vai embora
ou vai ser do meu jeito

11.4.09

Pequenas histórias para crianças e adultos


Acho graça das coisas que os adultos fazem para transmitir as mesmas histórias e fantasias de suas infâncias. Não lembro quando deixei de acreditar em Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa, mas me pego vasculhando lembranças. Um baú empoeirado cheio de historinhas engraçadas da meninice.

Na Páscoa, eu e meus irmãos deixavámos as cestinhas prontas. Picávamos papel crepom, revistas velhas e montávamos os ninhos para o coelhinho botar nossos ovos. De manhã, era sempre uma surpresa. As cestas sumiam. Uma vez, havia um rastro da falsa palha do ninho, que nos levava até esconderijos dos chocolates. Outra ano, meus pais se empenharam. Pegadas. Muitas pegadas saiam do meu quarto, passavam por todos os cômodos das casas, se bifurcavam, despistam e... há! Lá estavam os ovos do coelhinho. Até no ano em que minha mãe fez chocolate em casa, lá veio a desculpa: "A gente entrega para o coelhinho trazer..."

Como éramos bobinhos...

Hoje, por dentro de toda a ideologia comercial que cerca as datas comemorativas, no entanto, creio que são essas historinhas que fazem esses dias valerem a pena. Para as crianças, um rico mundo da imaginação é semeado desde cedo. E para os adulto, aquele espírito perdido há tempos ganha força. Aquele sentimento que nos faz gostar de ver filmes de Natal, imaginar como seria a Fada do Dente, elfos, gnomos e toda sorte de seres imaginários se fortalece.

Não, não precisamos acreditar em tudo isso... mas ter a mente aberta nos deixa próxima da criança que já fomos. Nos deixa divertidos. Nos faz rir de besteiras. Nos lembra de como era ser inocente. Enquanto Papai Noel e Coelho existiam, tudo era possível, o mundo ainda tinha a chance de ser diferente. O bem sempre vencia no final.

Lembro até hoje de uma musiquinha de um desenho: "Deus ama todos, ama até os maus". Quando Papai Noel ainda era verdadeiro, moral da história era lição para uma vida.

Sempre aqui

Se era destino não sei
teimosia talvez
tudo que sei é
que sempre acabo aqui

lei do eterno retorno
mesmo fugindo
todos os caminhos
me trazem aqui

todos os sons
todas as vozes
me conduzem a uma trilha
que acaba aqui

incontáveis vezes
parti para novos horizontes
mas as estradas andam em círculo
e estou aqui

as coordenadas não enganam
sigo estrelas como guias
mas os extremos e os meios
convergem aqui

Alguém para...

Alguém para esquecer do mundo é fácil
basta uma venda e tapa-ouvido
para tal alienação não é difícil
queria ver o contrário

alguém para lembrar as cores do arco-íris
para contar os fatos do mundo
explicar o sentido da vida
para amparam as lágrimas

o sentido de tudo está no agora
na companhia para o trivial e cotidiano
viver alheio a tudo, viver de fantasia
é para quem tem medo de viver

Cartões postais da Itália

10.4.09

Desejo de um futuro bom

Uma boa vista, boa localização
sonho com uma casa que ainda não é minha
mas onde quero poder me esconder
quando não estiver rodando o mundo
com varanda, grandes janelas de persiana
num lugar longe do barulho e perto do verde
com quintal grande para as crianças brincar
para poder ter cachorros
e ter uma horta, pomar e jardim
uma sala com vitrola
com grandes estantes para os livros
LP's, bugigangas
cozinha grande, lugar para apetrechos, receitas
para fazer bolo e tomar chá
lugar pra receber os amigos e fazer festa
alicerce firme, abrigo para tempestade
conforto, calor, abraço
eu quero um lar

Escrevendo, sonhando, escrevendo

Pego meu lápis e já sinto as asas
meu tapete mágico
um balão de ar quente
para assim podermos sobrevoar lugares nunca antes vistos

por enquanto só posso imaginar e pôr no papel
para que comece a realidade
para que seja um contrato comigo e contigo
"um dia isso acontece"

9.4.09

Será?

Será que um raio cai duas vezes no mesmo lugar?
Que alguém ganhe na loteria várias vezes?
É possível se apaixonar à primeira vista pela mesma pessoa mais de uma vez?
A sorte bate na porta toda semana?
Se eu fechar os olhos, você me segura?
O gato cai de pé sempre?
Será que se eu cometer um mesmo erro várias vezes, um dia eu acerto?
Todo mundo tem um irmão meio zarolho?
Se eu sorrir, vão me sorrir de volta?

Será? Será?

Cegueira

Estava bem perto.

Mais perto do que o óculos sobre o criado-mudo. Mas não viu, estava cego. Cego por um amor que não o amava. Cego pelo amor e não por alguém. Por isso, queria mantê-lo perto, custasse o que fosse. Era mais fácil que abrir os olhos e enxergar que havia quem o amasse. Que poemas tinham sido escritos. Que o amor não era um mistério, mas era imperfeito, como qualquer pessoa. Não era feito de mágica e ilusão. Era real. E estava perto.

Esperando que ele abrisse os olhos.

8.4.09

Como vejo o amor


Não é tão simples como pagar uma guia e retirar no guichê
nem complicado como atravessar o deserto com um cantil de 500 ml

é um meio-termo

não se pode marcar horário na agenda
mas se estiver distraído(a) pode perder a hora
se quiser demais não encontra
e quem não quer não sabe o que está perdendo
se é racional, fica um pouco maçante
se é passional, faz perder a cabeça
quando acontece muito rápido, queima como pólvora
e se é lento, passa do ponto e vira amizade

A novidade

Ela sabia que viria
a encomenda tão esperada
não pelo correio, não por carteiro
não dentro de caixa ou envelope
sem manual nem peças para montar
estava ali
não sobre o capacho da porta
nem dentro da caixa de correspondência
não precisava de selo ou carimbo
só precisava de um destinatário
e seu nome estava nele
precisava um remetente

e ele ja tinha seu coração.

Família grande é assim

Não pode ver feriado
Páscoa, batizado
cama sobrando
almoço de domingo

nem distância segura
enche-se um carro
pé na estrada
filhos, sobrinhos

sempre perco minha cama
me sobra sofá e almofada
noites mal-dormidas
e falta de privacidade

mas família grande é assim
todos brigam e se entendem
é família
e continua sendo família

7.4.09

O que se aprende em uma vida

Que damos valor ao que perdemos
Que sentimos falta do que está longe
Que queremos o que é impossível
[mas tentamos]
Que quem nega o amor é quem mais precisa
Que todos buscamos coisas eternas
[como a paz, felicidade e amor]
Que temos de ser flexíveis e tolerantes
[e também persistentes e com ideais]
Que as pequenas coisas valem mais
Que todos possuem algo bom dentro de si
[todos mesmo!]
Que teremos obstáculos até o último dia de nossas vidas
[porém a vida não teria graça sem eles]
Que temos que lutar diariamente pelo que desejamos
Que sonhos não morrem
[ficam, no máximo, guardados]
Que precisamos dar uma chance a paz
Que não sabemos viver sozinhos
Que amigo é para toda hora
[boas ou ruins, sempre!]
Que para prever o futuro basta olhar para o horizonte
[afinal, para nada existe fronteira]
Que só precisamos de amor e nada mais

6.4.09

O muro

Eu já escrevi sobre isso antes em outro blog. Falei das defesas e fachadas que construimos ao redor para nos proteger. Não sei se é imposição da sociedade, ou no caso das mulheres, uma necessidade frente a uma realidade masculina.

Ser séria e extremamente profissional no trabalho, sorrir pouco, usar do humor como defesa. Ser criteriosa em relação às amizades, cautelosa em relação aos amores. Parecer forte, imbatível, competitiva.

Talvez a fachada de concreto seja a solução. Sou mais frágil do que imaginava. Percebo hoje que sou de vidro. Meu coração se torna vulnerável e quebradiço quando apaixonado. Se demoro a ceder, quando me torno amiga, compartilho as dores, assumo os problemas e divido o tempo. E eu sou feita de manteiga. Derreto-me em lágrimas quando triste ou frustrada.

Melhor voltar para trás do muro...

5.4.09

Feliz Aniversário

Hoje é o aniversário da minha amiga mais que querida, Ana Carolina. Como não posso abraçá-la, mando dedico este post a ela:

Com ela, só tenho razões pra sorrir, mas, se eu chorar, sei que ela vai ter as palavras certas pra me acalmar.

Amo você, Ana

Felicidades, sempre

3.4.09

Para ouvir sorrindo...

Grandes verdades que não geram grandes dúvidas

Todos, um dia, vamos morrer;
Envelhecer é um fato;
Cada um possui uma digital única;
Quando pão com manteiga cai, cai com a manteiga para baixo;
O que não mata, engorda;
Amigos são família que a gente escolhe;
O cachorro balança o rabo, porque o rabo não consegue balançar o cachorro;
Uma atitude vale mais que mil pensamentos;
Música serve para todos os momentos, até para enterro;
Quanto mais aprendemos, mas temos dúvidas (disso não tenho dúvida)

keep me in mind

2.4.09

Não diga que eu não avisei

Sabe aquela coisa que você não devia ter feito? Que você já tinha parado e prometido não fazer mais? Alguma mania incontrolável, que geralmente te faz perder o sono. Que te deixa elétrica, meio agitada. Bem essa... Não faça mais. Você sabe as consequências. Furar a dieta, ouvir aquele CD que estava escondido, puxar conversa com um chato. O resultado é sempre o mesmo. Mas algo em nosso cérebro diz que pode ser diferente. Mas não é. E você vai dormir com peso na consciência. Ouviu o que não queria, lembrou o que não devia. Parabéns.

E antes que alguém pergunte: o que que você está pirando, menina? eu respondo: eu? nada... isso não é pra mim. É um sermão antecipatório. Sim, eu sou louca a esse ponto. Agora paciência. E eu também não queria deixar mais dias sem escrever. Eu gosto, mas às vezes não estou muito inspirada. Então, pensamento aleatórios parecem interessantes. Para mim. Quem lê deve achar um porre.

30.3.09

O pacto

Mirou o fio do estilete com receio, mas não hesitou. Fez um pequeno corte na palma da mão e deixou algumas gotas de sangue cair sobre o documento. Então era isso: o pacto estava selado. Não um pacto entre amigos, irmãos ou amor da vida dela. Era um compromisso consigo mesma. Entre o ela de agora e o ela do futuro, cuja única testemunha era Deus.

Cansou da vida que levava e resolveu mudar. E para isso, fez uma promessa assinada com sangue. Uma lista de sonhos e desejos bem pensados. Nada que pudesse prejudicar alguém ou passar por cima de interesses alheios. Eram pequenas coisas, simples atitudes que exigiam certa coragem e ousadia. Mas nada impossível aos olhos daqueles que acreditam no extraordinário.

E lá estavam na ponta do papel os preciosos pingos vermelhos. Nada mais dramático. Porém intenso e verdadeiro. Era tudo ou nada.

pequeno resumo de um passado recente

Estive por aí. Fui conhecer Balneário Camboriú domingo. Andei muito de moto - 180km. Tomei sorvete na Barra Sul e comi Beirut no Chaplin Bar. Descobri minha vocação: dona de bistrô em um cantinho da Avenida Atlântica. Fora de temporada, Balneário até parece uma Curitiba pequena com uma grande vantagem: um mar lindo, lindo, lindo.
Antes, na quinta-feira, conheci Fernando Morais. Descobri o que é paixão por jornalismo e me senti feliz outra vez por ter escolhido esta profissão. Acabei jantando com ele, mais meu namorado e outras pessoas que eu não conheço - a não ser o Steve Martin. Ouvi histórias e vou guardar essa pra contar para meus possíveis filhos.
Estive em festa com música francesa e vinho além da conta. Fui dançar com o Fake It! e com o samba rock da Salve Salve. Estou fazendo aulas de francês e inglês.
Deixei o blog um pouco de lado por isso tudo. Resolvi viver minha vida ao invés de ficar desistimulada. Prometo mais detalhes sobre o Morais.
:*

29.3.09

Abrir os olhos...


... pela manhã e continuar sonhando acordada. Está decidido. Sonhar vai ser o ponto de partida de qualquer projeto. Antes de traçar qualquer meta é merecida uma viagem de olhos abertos. Hoje eu decidi. E nada vai me fazer voltar atrás. Esse vai ser um ano de viagem. Não comecei bem, mas como diz uma amiga, o ano começa após meu aniversário. E planos não faltam. Fiz uma pequena lista hoje. Viagens curtas e longas. Tenho aqui Blumenau, para breve. Rio de Janeiro... sim, com os amigos. Um curtíssima para Curitiba, para o casamento de uma amada amiga. E dois longos passos: Machu Picchu no final do ano com família e ainda sem data definida, Portugal. Primeira coisa, agora pelos próximos dias é o passaporte. Foto 5x8... PF... Projetos, minha gente! Ninguém vai me roubar os sonhos. Ninguém me segura. Está registrado aqui.

Quem sou

Cada dia uma música diz quem sou
cada letra fala por mim
cada melodia me embala por poucos minutos
ditando meu ritmo
sou de vários gêneros e vozes
todas me pertencem e não pertenço a nenhuma
pra saber do meu humor
me pergunte o que estou escutando

28.3.09

Inspire e expire

É sempre para alguém e nunca ao vento
não são palavras à toa, a esmo, ao léu
elas sempre tiveram donos e destinatários
um pra quê e um porquê
aspirações e expirações dosadas e controladas
mas hoje não existe um motivo
existe uma grande lacuna
que corpo e esforço não podem preencher
uma fôrma que eu completaria com argila
e uma colher de virtude e amizade
compaixão e sensibilidade
daria a forma necessária
e se pudesse lhe sopraria alguma vida
este recém-feito me entenderia
e entenderia o mundo também
seria perfeito e amável como um faz-de-conta
porém imperfeito como o que não é real

27.3.09

Sonhos

26.3.09

TPM e tentações

Todos os meses penso em gastar algumas palavras falando dela. A carrasca. Mas passam alguns dias e a vontade vai embora. E outros dias passam e adivenhem? Ela volta.

A minha TPM, como de qualquer outra mulher, tem várias características. Algumas mulheres, creio eu, presenciam apenas algumas facetas da vistante mensal. Outras, como eu, transitam pelas diversas fases. Inchaços, desconfortos. Gana por doce. Alteração de humor. Crise existencial ou tristeza. Euforia repentina. Um pouco de agressividade que resultam em pequenas patadas em quem se atreve a cruzar nosso caminho. E mais uma, que prefiro não comentar, haha.

No momento, pela gravura, acho que já dá pra sacar em que fase estou. E simmmm, eu me rendi às tentações de um maravilhoso mousse de chocolate. Pra não me render às tentações não mencionadas... E eu nem devia...

Enfins... vale o desabafo. Espero não esganar ninguém nesses dias...

Tempo sozinha

Bastam alguns minutos sozinha
para perceber que não sou
a minha melhor companhia

23.3.09

Can´t buy me love

O melhor presente não tem preço:
uma ligação à meia noite
acordar com um abraço
milhares de sorrisos
a companhia dos amigos
uma visita inesperada
um beijo de suspresa
abraço coletivo
cartão engraçado
carta, e-mail, mensagem
felicitações de longe
a lembrança de algo engraçado
lembrar dos anos passados
o céu mais azul
as estrelas mais brilhantes
o pôr-do-sol perfeito
doces palavras
minhas músicas pra acompanhar

quem precisa de mais?

O que você quer de aniversário?


World peace! \o/ pode ser?

22.3.09

Construção de sonhos

Atiraram uma pedra na janela. E outra. E mais uma. Não passa de uma casa abandonada. E você faria o mesmo, mas aquela casa trata-se de seus sonhos. Você contrui ela peala primeira vez quando era criança, com palitos de picolé. Hoje é um sonho de verdade, mas a situação é de abandono.

Ninguém zombaria da casa se ela estivesse ocupada e cheia de vida. Mas muitas vezes os sonhos que construimos por toda uma vida... bem, a gente acredita que construiu em vão. Ao invés de reformar e fazer os ajustes necessários, parece mais fácil deixar de lado e recomeçar.

Hoje eu vou apenas reforçar os alicerces e passar uma nova camada de tinta. Trocar as vidraças e fazer um jardim. Esse sonho merece uma chance.

21.3.09