30.3.09

O pacto

Mirou o fio do estilete com receio, mas não hesitou. Fez um pequeno corte na palma da mão e deixou algumas gotas de sangue cair sobre o documento. Então era isso: o pacto estava selado. Não um pacto entre amigos, irmãos ou amor da vida dela. Era um compromisso consigo mesma. Entre o ela de agora e o ela do futuro, cuja única testemunha era Deus.

Cansou da vida que levava e resolveu mudar. E para isso, fez uma promessa assinada com sangue. Uma lista de sonhos e desejos bem pensados. Nada que pudesse prejudicar alguém ou passar por cima de interesses alheios. Eram pequenas coisas, simples atitudes que exigiam certa coragem e ousadia. Mas nada impossível aos olhos daqueles que acreditam no extraordinário.

E lá estavam na ponta do papel os preciosos pingos vermelhos. Nada mais dramático. Porém intenso e verdadeiro. Era tudo ou nada.

Um comentário:

J disse...

E tô feliz por vc tbém Carolina, é a partir de decisões como essa q se mud ao mundo, ou pelo menos algumas vidas rsrsr... te amo conte comigo sempre!