28.3.09

Inspire e expire

É sempre para alguém e nunca ao vento
não são palavras à toa, a esmo, ao léu
elas sempre tiveram donos e destinatários
um pra quê e um porquê
aspirações e expirações dosadas e controladas
mas hoje não existe um motivo
existe uma grande lacuna
que corpo e esforço não podem preencher
uma fôrma que eu completaria com argila
e uma colher de virtude e amizade
compaixão e sensibilidade
daria a forma necessária
e se pudesse lhe sopraria alguma vida
este recém-feito me entenderia
e entenderia o mundo também
seria perfeito e amável como um faz-de-conta
porém imperfeito como o que não é real

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