11.4.09

Pequenas histórias para crianças e adultos


Acho graça das coisas que os adultos fazem para transmitir as mesmas histórias e fantasias de suas infâncias. Não lembro quando deixei de acreditar em Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa, mas me pego vasculhando lembranças. Um baú empoeirado cheio de historinhas engraçadas da meninice.

Na Páscoa, eu e meus irmãos deixavámos as cestinhas prontas. Picávamos papel crepom, revistas velhas e montávamos os ninhos para o coelhinho botar nossos ovos. De manhã, era sempre uma surpresa. As cestas sumiam. Uma vez, havia um rastro da falsa palha do ninho, que nos levava até esconderijos dos chocolates. Outra ano, meus pais se empenharam. Pegadas. Muitas pegadas saiam do meu quarto, passavam por todos os cômodos das casas, se bifurcavam, despistam e... há! Lá estavam os ovos do coelhinho. Até no ano em que minha mãe fez chocolate em casa, lá veio a desculpa: "A gente entrega para o coelhinho trazer..."

Como éramos bobinhos...

Hoje, por dentro de toda a ideologia comercial que cerca as datas comemorativas, no entanto, creio que são essas historinhas que fazem esses dias valerem a pena. Para as crianças, um rico mundo da imaginação é semeado desde cedo. E para os adulto, aquele espírito perdido há tempos ganha força. Aquele sentimento que nos faz gostar de ver filmes de Natal, imaginar como seria a Fada do Dente, elfos, gnomos e toda sorte de seres imaginários se fortalece.

Não, não precisamos acreditar em tudo isso... mas ter a mente aberta nos deixa próxima da criança que já fomos. Nos deixa divertidos. Nos faz rir de besteiras. Nos lembra de como era ser inocente. Enquanto Papai Noel e Coelho existiam, tudo era possível, o mundo ainda tinha a chance de ser diferente. O bem sempre vencia no final.

Lembro até hoje de uma musiquinha de um desenho: "Deus ama todos, ama até os maus". Quando Papai Noel ainda era verdadeiro, moral da história era lição para uma vida.

Um comentário:

J disse...

Engraçado... eu tava pensando justo nisso ontem... Minha irmã faz um monte de coisas no Natal e na Páscoa pra minha sobrinha. E meio que por acaso ontem eu vi ela ensinando a brincadeira da Adoleta pra Érika. Tipo, isso é legal, isso!