19.1.09

Era uma vez

uma menina morrendo de tédio que pra matar o dito cujo enfiou o dedo na tomada só pra ver qual era a pira ou se acordava um pouco mas acabou tendo outra ideia que era sentar para escrever mas estava sem inspiração e nada vinha na cabeça nadinha nadica de nada e ela sentou e esperou e esperou sentia que queria muito escrever pôr pra fora uma agonia ânsia angústia sem motivo algum de existir só que estava bem ali no seu estômago pois ela sentia aquele embrulho com papel celofane e fita de cetim que fazia barulho quando sacodia igual cofrinho cheio de moedas que não davam pra comprar nem um tênis bacana pra uma corrida no parque sem árvores que nem tinha graça mas ela queria sair de casa pois o tédio estava fatal tanto quanto a criatividade que parece que foi dar uma volta e esqueceu de voltar e me deixou sozinha aqui a esmo escrevendo abobrinhas daquelas laranjas com casca verde boa para refogados igual o que minha vó fazia quando eu era pequena e gostava daquele jardim que ela plantou na frente da casa dela cheia de azaléias que nasciam no inverno mas agora que é verão o calor faz o tédio ainda pior porque tudo fica embassado igual no deserto e dá pra sentir o vapor na pele eca prefiro inverno porque até as roupas são mais bacanas cachecol luvas queria um chapéu pra combinar pra quem sabe esconder minha cara de tédio

2 comentários:

J disse...

Q q eu digo agora? Hauhuahauh... Era uma vez uma guria q tinah muitos planos, muitos sonhos e muitas ovntades. Isso tudo não cabia dentro dela e então ela ia escrevendo, despejando palavras, formando frases, criando histórias, para fugir do tédio, para viajar no tempo... para amenizar as horas e fazer os outros rirem, ou encherem o saco dela... qualquer coisa assim! Viva o poder das palavras!

caroline p. disse...

calma, calma, respira, para um pouquinho, olha pro lado, pensa num ponto, no ponto final, agora, sim, acabou.
=*