23.10.08

Adeus

Então era isso. A despedida. O fatídico adeus. Fitou o nos olhos e desejou mergulhar naquelas pupilas. Apenas pressionou os lábios aos dele, num misto de angústia e urgência. Abraçou como se pudesse absorvê-lo por osmose. Baixou os olhos, não conseguiria dizer sendo observada.

Lembrou de todos aqueles personagens de livros e filmes que amavam demais, mas que sabiam que o fim era a separação. Possuiam aquele amor que liberta. Aquele que permite que o outro se vá. Que torna compreensível o fato de que a felicidade não reside em si mesmos.

Era assim que ela queria se sentir. Com o maior amor do mundo. Que a faz querer o bem do outro, mais que a si própria. Queria acreditar nisso. Mesmo porque, sabia que ficaria infeliz ao vê-lo ficar e desistir dos planos que traçou. E ela também tinha planos, diferentes dos dele.

E ele levaria um pedaço do coração dela. Era inevitável. Era uma parte que pertencia apenas a ele e a mais ninguém.

Que se vá e seja feliz, então. Quem sabe um dia os dois acabem juntos. Mas nenhum dos dois vai esperar. Suas vidas vão seguir seu curso. Rumos opostos. Mas é melhor assim. Sem rancor nem nada. Apenas amor. E adeus.

* Falta um pouquinho de amor altruísta nesse mundo...

3 comentários:

workaholicarol disse...

Ficção....

seniorita m. disse...

se os amores acabassem assim mesmo, eu acho que agora talvez eu tivesse um pouco mais de esperança neles. bela ficção :)

Luma Santos disse...

queria que fosse assim, carol.
:'(
sempre assim.
:/
beijos ;*